Orígenes

O maior erudito da Igreja antiga - segundo J. Quasten - nasceu de uma família cristã egípcia e teve como mestre Clemente de Alexandria.
Assumiu, em 203, a direção da escola catequética de Alexandria - fundada por um estóicoPanteno, que se havia convertido à mensagem de Cristo - atraindo muitos jovens estudantes pelo seu carisma, conhecimento e virtudes pessoais. chamado
 
 “ Comparada á de Origens, obra dos antigos patriarcas da igreja parece um mero prelúdio.(...)
Eles se consideram pregadores da verdade que foi revelada, e a Bíblia, livremente interpretada, é seu único firme apoio. (...)
O mais importante desses homens foi Hipólito de Roma, que trabalhou em parte no mesmo período que Origens (ate o ano 235). (...)
Hipólito era também um ‘filosofo’ e um profundo estudioso, que escreveu, alem dos seus sermões, os primeiros comentários contínuos sobre a Bíblia e também uma crônica e tabelas cronológicas. Mais por mais respeitável que os estudos filosóficos e o zelo dogmático de Hipólito possam ter sido no todo ele era rudimentar e superficial demais para ser capaz e criar uma compreensão intelectual e eclesiástica confiável que os cristãos necessitavam no novo século. (...)
(...) determinou a direção da teologia grega por mais de um século, influenciando seu destino e contribuindo em parte para sua queda final. (...)
Orígenes foi provavelmente o primeiro escritor cristão que sabemos com certeza ter vindo de um lar cristão, e que recebeu educação cristã. (...) a Fé era para ele um fato consumado, o centro da verdade de onde ele olhava para todas as coisas. Seu desenvolvimento intelectual avançava sem fanatismo e sem transigência, sem intervalo, tranquilamente e sem pausa. (...)
 No ano 202 ele foi vitima da perseguição aos cristãos. Origens, que tinha por volta  de dezessete ou dezoito anos de idade na época, tinha encorajado seu pai em uma carta a não enfraquecer nem desistir, por amor é sua esposa e filhos. Conta-se que ele próprio só escapou do martírio porque sua mãe escondeu suas roupas e dessa forma, impediu-o de sair. (...)
Pode ser que em sua juventude, seu radicalismo entusiástico tenha tocado as raias da heresia. (...) Origens tomou a decisão, que ele mesmo mais tarde desaprovaria, de se castrar a si mesmo ‘por amor ao Reino de Deus’(...)
Orígenes também se tornou um mestre, concentrando-se ainda mais que seu pai na instrução cristã. Havia uma falta de mestres cristãos e mestres de cristianismo, desde que a perseguição havia lhe afetado mais que qualquer outro grupo (...) viveu  do produto da venda de livros da biblioteca de autores pagãos de seu pai, (...) que abnegou-se de todos os prazeres desnecessários. (...) decidiu tornar-se um estudante novamente e estudar as ciências encíclicas e, acima de tudo, filosofia. (...)
Orígenes foi o primeiro cristão a ingressar na elite intelectual de sua época, chamando a atenção para o ensino do cristianismo de uma maneira que forçou ate mesmo os seus inimigos a dar-lhe atenção. (...) Orígenes, ele pensa, professou o ensino dos bárbaros e viveu sobre Deus e o mundo, tinha um pensamento helênico. ‘ estava bastante familiarizado com os escritos  de Numênio, Crônio, Apolofânio, Longino Moderno, Nicomacho, e os celebres pitagóricos’.(...) Ele estudou os filósofos pagãos para ser capaz de refutá-los. (...)
Orígenes oferece o primeiro grande exemplo de uma teologia que, enquanto tem intenções exclusivamente cristãs, todavia, inconscientemente, corre o risco de concordar em agir de acordo com os inimigos que levam isso a tão a sério n época, com Neoplatonismo que estava surgindo, e, depois, com muitos pensadores como Kant, Hegel ou Heidegger.(...)


Um grande Teólogo Filósofo cristão de sua época... Homem inteligente e íntegro....

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